sexta-feira, 4 de maio de 2007

Harmonic Fields Forever

http://video.google.com/videoplay?docid=8025207688616163115

Composição eletrônica de B. Agra e J.-P. Caron, com improvisações ao vivo por Marcos Campello (guitarra) e J.-P. Caron (piano). Difusão eletroacústica por Alexandre Fenerich.
Sala Cecília Meirelles, Agosto de 2006, Rio de Janeiro.

Harmonic Fields Forever. Campos harmônicos eternos. Duas dimensões se desprendem do título: uma dimensão material (campos harmônicos) e uma relativa à temporalidade (eternos).
Estas dimensões não se apresentam separadamente, mas mantém íntima correlação, não só para a música como um todo, mas para o funcionamento interno de cada uma delas.
Campos harmônicos diz respeito ao desdobramento de um espaço acústico ilimitado, potencialmente infinito. A nomenclatura “Campos” guarda um caráter impreciso quanto à localização exata dos eventos. Sua percepção é efetuada globalmente, característica de uma audibilidade focada em ocupações homogêneas do espaço sonoro.
Mas esta ocupação se dá necessariamente no tempo. Donde a referência temporal do título. No caso, uma duração ilimitada. Isto diz respeito à sustentação de um campo sonoro, que para constituir-se enquanto tal, precisa da duração.

A obra existe de um lado (fenomenólogico) na sustentabilidade de espectros sonoros saturados, de outro (cultural) no limiar de uma experiência radical de concerto com uma apropriação underground de materiais “não-musicais” (noise/industrial).

O título faz referência a uma conhecida canção pop.

Nenhum comentário: