quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Reabertura dos Trabalhos. Semestre II - 2007

Caros Colegas,

é com enorme prazer que retomamos as atividades do TECNOPALATOVISUAUDIOLFATATO - Laboratório de Comunicação, Tecnologia e Linguagens Sensoriais, do Programa de Pós Graduação em Comunicação da UERJ. As atividades do laboratório, depois de um período em que ficamos em uma espécie de incubadora, no semestre passado, poderão ser acompanhadas através de, basicamente, três espaços correlatos: o primeiro deles é este espaço, no ciberespaço. O blog colaborativo do laboratório que, esperamos, será alimentado por todos que participarem do nosso grupo de pesquisa. Aqui todos poderão acompanhar os passos que estão sendo dados pelo laboratório, ter acesso à bibliografia, acompanhar as discussões da disciplina que ministro no mestrado, dentre outras atividades; O segundo espaço é o da própria sala de aula no PPGC-UERJ, onde ocorrerão as aulas da disciplina A Evolução das Novas Tecnologias, ond estarei ministrando o curso Comunicação, Tecnologia e Sensorialidades(vide o programa abaixo); Finalmente, o terceiro espaço, é o laboratório de mídias do PPGC-UERJ, onde realizaremos alguns dos nossos experimentos em mídias e sensorialidades e poderemos, eventualmente, ter algumas de nossas aulas/encontros.
Recomeçamos as nossas atividades hoje, dia 30/08/2007, e iremos até o dia 06/12, neste segundo semestre de 2007. Sejam todos muito bem-vindos.

Vinicius Andrade Pereira



Curso : Comunicação, Tecnologias e Sensorialidades

A proposta deste curso é pensar, a partir de idéias tais como embodiment (Csordas), afetividade e sensorialidade (Pereira 2006), as relações entre tecnologias de comunicação e os sentidos. Trata-se de investigar como modos de percepção auditiva, visual e tátil evoluem e qual o papel dos meios nesta dinâmica. Partindo da perspectiva de uma Modernidade Neurológica (Singer, 2003), buscaremos traçar uma breve história dos códigos sensoriais nas suas intercessões com as materialidades dos meios, a fim de obter uma melhor compreensão das expressões que a comunicação ganha na contemporaneidade, na forma de novas linguagens midiáticas, da arte eletrônica, do design multisensorial e da cultura digital trash.
Como interlocutores recorreremos a pensadores que se mostram sensíveis a temas tais como estímulos e impactos sensoriais, cidade, tecnologias e materialidades dos meios, dentre outros, e que os compreendam como elementos partícipes da elaboração de novos modos de percepção e de experiências estéticas. Em comum, ainda, entre os autores, será a perspectiva que considera plausível tomar o corpo como um sistema no qual seus aparatos cognitivos e sensoriais evoluem continuamente, sensíveis aos mapas e códigos tecno-culturais de cada época.

Disciplina: Evolução das Novas Tecnologias
Professor: Vinícius Andrade Pereira
Horário: Quintas-feiras – das 15:00 às 18:00hs
Local: PPGC-UERJ


Obs.: A bibliografia que aqui se apresenta é uma bibliografia básica, que deverá ser lida em paralelo ao curso, para aqueles que pretendem participar do grupo de pesquisa TECNOPALATOVISUAUDIOLFATATO. A bibliografia específica do curso, incluindo novos títulos, será apresentada no primeiro dia de aula, em 30/08/2007.


Referências Bibliográficas:

BALSAMO, A. 1995. Forms of Technological Embodiment: Reading the Body in Contemporary Culture. In: M. FEATHERSTONE e R. BURROWS (ed.), Cyberspace/Cyberbodies/Cyberpunk – Cultures of Technological Embodiment. Sage, London, p. 215-237.
BLACKMAN, L. 2001. Hearing Voices: Embodiment and Experience. Free Association Books, London, p. 319
BOLTER, J.D. E GRUSIN, R. 1998. Remediation – Understanding New Media. Cambridge/London, The MIT Press, xi, p. 295
CHARNEY, L. e SCHWARTZ, V. 2001. O cinema e a invenção da vida moderna. São Paulo, Cosac & Naif, p. 567
CSORDAS, T.J. 1994a. Introduction: The Body as Representation and Being-in-the-world. In: T.J. CSORDAS (ed.), Embodiment and Experience: The Existential Ground of Culture and Self. Cambridge, Cambridge University Press, p. 1-24.
CSORDAS, T.J. 1994b. Words from the Holy People: A Case Study in Cultural Phenomenology. In: T.J. CSORDAS (ed.), Embodiment and Experience: The Existential Ground of Culture and Self. Cambridge, Cambridge University Press, p. 269-290.
DURAND, G. (1992) Les Structures Antropologiques de L’Imaginaire. Paris, Dunod. p. 112
EDELMAN, G. 1992. Bright Air, Brilliant Fire – On the Matter of the Mind. New York, Basic Books., xvi, p. 280
GEERTZ, C. 1989. A interpretação das culturas. Rio de Janeiro, LTC – Livros Técnicos e Científicos, p. 252
GREEN, S. e BAVELIER, D. 2003. Action Video Game Modifies Visual Selective Attention. Nature, 423:534-537.
GUMBRECHT, H.U. 2004. Production of Presence: What Meaning Cannot Convey. Stanford, Stanford University Press, p.326
GUMBRECHT, H.U. e PFEIFFER, K.L. (eds.). 1994. Materialities of Communication. Stanford, Stanford University Press, p. 734
HAVELOCK, E.(1963) Preface to Plato. Cambridge, The Belknap Press of Harvard University Press. xii, p.328
KITTLER, F. 1990. Discourse Networks 1880/1900. Stanford, Stanford University Press, p.389
MAUSS, M. (1973) Les techniques du corps. In: Sociologie et anthropologie. Paris, PUF, p. 365-86. 1974 As técnicas corporais. In: Sociologia e antropologia. São Paulo, EPU/EDUSP, vol. 2, p. 209-34.

McLUHAN, H.M. 1964. Understanding Media: The Extensions of Man. New York, The New American Library, p.397
MORAVEC, H. 1988. Mind Children: The Future of Tobot and Human Intelligence. Cambridge, Massachussets, Harvard University Press, p. 214
ORNSTEIN, R. 1991. A evolução da consciência. São Paulo, Nova Cultural, p. 265
PEREIRA, V.A. e FELINTO, E. A vida dos objetos: im diálogo com o pensamento da materialidade. Contemporânea – Revista do Programa de Pós-graduação em Comunicação e Cultura Contemporâneas da UFBa. Vol 3, n.º1. Salvador, 2005. p.79-98
PEREIRA, V.A. 2003. Entendendo os meios: as extensões de McLuhan. In: A. LEMOS e P. CUNHA (coords.), Olhares sobre a cibercultura. Porto Alegre, Sulina, p. 90-112.
________. 2004. Tendências das tecnologias de comunicação: da fala às mídias digitais. In: SÁ, S. e ENNE, A. (org.), Prazeres digitais: computadores, entretenimento e sociabilidade. Rio de Janeiro, E-papers Serviços Editoriais, p-131-146
________. 2006. Reflexões sobre as materialidades dos meios: Embodiment, Afetividade e Sensorialidade nas dinâmicas de comunicação das novas mídias. Fronteiras – Estudos Midiáticos. VIII(2) – maio/agosto. Unisinos: São Leopoldo, 2006.
SINGER, B. 2001. Modernidade, hiperestimulo e o inicio do sensacionalismo popular. In: L. CHARNEY e V. SCHWARTZ (orgs.), O cinema e a invenção da vida moderna. São Paulo, Cosac & Naif, p.115-148 .

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

LUVA PERMITE A SENSAÇÃO DE TOCAR OBJETOS DISTANTES


Entre os gadgets apresentados na conferência SIGGRAPH deste ano, o protótipo da luva Haptic Telexistence foi um dos maiores destaques.
Desenvolvida por cientistas do departamento de robótica da Universidade de Tóquio, a Haptic Telexistence transmite uma sensação mais realista de objetos e pessoas à distância, mas só deve chegar ao mercado nos próximos dez anos.
Segundo a equipe liderada por Katsunari Sato, a interação social através da rede mundial de computadores mudará drasticamente a partir desse novo conceito. Os sistemas convencionais permitem a percepção do objeto, mas com a Haptic Telexistence, também é possível perceber o formato do objeto, assim como manipulá-lo melhor. Essa inovação poderá facilitar as tele cirurgias e a modelagem 3D, por exemplo, já que a luva japonesa é capaz de oferecer a sensação da temperatura e da textura dos objetos.


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