segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Acerca de Giovanni Piana

O trabalho de Giovanni Piana fornece um material contundente para os estudos materiais da comunicação, no que este trabalho restaura o papel do que ele chama determinações fenomenológico-estruturais da experiência.
Apesar destas determinações não se confundirem com o dado material de fato, elas dão conta da "forma de aparecer" deste dado material, considerando que há uma implicação entre este dado e sua aparência, em outras palavras, entre estímulo e sensação.

No mais há dois posts neste blog acerca do trabalho de Piana que podem ser consultados, no intuito de enriquecer a discussão.
Um pequeno resumo aqui:

tecnosensorial.blogspot.com/2007/05/uma-filosofia-do-som.html

E uma proposta de discussão com a visualidade (nosso próximo módulo) feita pela Ana Erthal aqui:

http://tecnosensorial.blogspot.com/2007/04/filosofia-da-msica.html

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

domingo, 21 de outubro de 2007

Em que medida a Arte interessa aos estudos materiais da comunicação?

Em que medida a Arte interessa aos estudos materiais da comunicação?

Esta foi a pergunta lançada pelo professor Vinícius em um de nossos primeiros encontros. Não apenas como provocação momentânea, mas como algo a se manter em mente durante todo o percurso do semestre.

É uma pergunta capciosa, na medida em que ela própria, e a atitude com que foi perguntada, nos revela a própria importância da questão. É no contexto “arte” que grande parte das experiências discutidas em sala de aula, dos textos de Benjamin às vivências de novos meios de expressão, se perfazem enquanto fenômenos. Afinal, a arte não foi sempre o lugar de um encontro entre uma dimensão inteligível com um sensível que necessariamente passa por uma matéria (matéria plástica do objeto, tela ou som; ou ainda o corpo do observador) para sua expressão?

A pergunta parece querer se referir a um outro objeto. Não a arte enquanto um conjunto de atividades que guardam alguma “semelhança de família” entre si. Mas a própria conceituação de arte enquanto uma atividade eminentemente simbólica de revelação de um oculto. Mais uma vez nos parece que a resposta está embutida de alguma maneira na pergunta: Em que medida o conceito de arte ainda interessa aos estudos materiais da comunicação?

Interessar aqui pode ter vários significados. A pergunta pode se referir ao conceito de arte enquanto objeto de investigação dos estudos materiais da comunicação. Ou ainda pode querer perguntar como a manutenção de um conceito tal como arte pode influenciar ou não os objetos próprios deste estudo. Das duas formas a questão permanece como questão. Ao mesmo tempo em que o próprio ato de fazê-la desloca o papel deste conceito em toda a discussão. “Arte” passa a não ser mais uma palavra estável, usada indiscriminadamente na discussão, após uma tal pergunta.

Parece que o que aqui se insinua é uma tentativa de redução. Reduzir da arte os processos simbólicos, concentrando-se nos dados materiais que são ali postos em jogo. Neste sentido, a arte passa a ser um objeto de estudo como qualquer outro: a publicidade, os games, a arquitetura, não necessariamente a mais “artística” (tal como bem explicitada pelo Vinícius). Mas também o que chamamos de arte tem seu papel neste processo, como um lugar de experimentação com o sensível e o corpóreo.

Aqui se abre propriamente a dimensão problemática da questão, que torna-se não Em que medida a arte ou o conceito de arte interessa aos estudos materiais da comunicação?, mas, Em que a arte se diferencia de outras atividades que são também objetos dos estudos materiais da comunicação? Ou ainda: Existe aplicabilidade para o conceito de arte dentro das atividades que são objeto dos estudos materiais da comunicação?

Talvez não haja resposta precisa a esta pergunta. Da mesma maneira talvez não haja resposta precisa à questão sobre o que é a arte. Mas a pergunta permanece importante, não tanto pela sua possível resposta, mas pelo seu efeito. Neste sentido, interessa aos estudos materiais da comunicação perguntar em que medida a arte interessa aos estudos materiais da comunicação. E esta talvez seja a resposta.

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

O meio é a mensagem ou... O prazer.

Celular + Bluetooth = Novas sensorialidades.
Para o homem o poder... Para a mulher o ... Prazer, segundo a publicidade do brinquedinho.

Conheçam o the toy:



Novos usos, novas sensações a cada mensagem sms. Veja lá:

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

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Ver sem os Olhos - por João Faraco

Esse é um documentário sobre um menino que perdeu os olhos aos 3 anos, mas hoje vive normalmente "vendo" as coisas usando os outros sentidos que lhe sobraram. A audição em especial. Pra quem conhece o super herói Demolidor, pode parecer bem familiar. Ele anda produzindo um "clique", pra que o som seja rebatido pelas superfícies e assim traçar um mapa do ambiente onde ele está.Destaque pra quando a mãe descreve como ela explicou que ele não precisava mais dos olhos pra ver as coisas, pois consegue usar os ouvidos, nariz e mãos pra sentir o mundo como ele faria com os olhos.

Essa é a primeira parte do documentário. Aqui estão as outras 2,3,4,5

Postado por OMAGAD, no blog Design e Comunicação Multisensorial

Efeito Mozart

Efeito Mozart é um termo cunhado por Alfred A. Tomatis para um alegado aumento no desenvolvimento cerebral que ocorre em crianças com menos de 3 anos, quando elas ouvem música de Wolfgang Amadeus Mozart.
A idéia do Efeito Mozart surgiu em 1993 na Universidade da Califórnia, em Irvine, com o físico Gordon Shaw e Frances Rauscher, uma expert em desenvolvimento cognitivo. Eles estudaram os efeitos sobre algumas dúzias de estudantes universitários de escutar aos primeiros 10 minutos da Sonata Para Dois Pianos em Ré Maior (K.448) de Mozart. Eles encontraram um melhoramento temporário do raciocínio espaço-temporal, conforme medido pelo teste Stanford-Binet de QI. Ninguém mais foi capaz de reproduzir seus resultados.
Shaw e Rauscher causam polêmica, enaquanto faturam alto com os produtos dos seu Innstituto M.I.N.D.(http://www.mindinst.org/), insistindo que a música de Mozart pode criar uma série de afetações no cérebro capaz de melhorar o desempenho cognitivo de humanos e, mesmo, de ratos. Vcs já devem ter ouvido falar em fazendeiros que põem música clássica para as vacas produzirem mais leite... Excessos à parte, o cerne da questão em jogo é o mesmo que estamos pesquisando: até que ponto os meios de comunicação e a expressão específica de seus produtos tais como filmes, música, games etc, são capazes de afetar nossos sentidos, cognição e comunicação? Sugiro uma olhada neste site que aborda o efeito Mozart e neste outro o Música( link), cujo propósito é compliar uma série de estudos sobre a relação da música e seus efeitos no cérebro

Por quê só cinco sentidos?

Imagine se tivéssemos o sentido wireless. As pontas de nossos dedos poderiam ser leds verdes e conforme a recepção eles iriam se acendendo para indicar a intensidade do sinal - nada original, isso tem no “I'm a cyborg but that's ok”, do Chan-Wook Park, e qualquer um pode comprar uma camiseta Wi-Fi por US$ 30 e ficar piscando por aí nas ruas.

Morcegos ouvem freqüências que estão fora do nosso alcance auditivo. Baleias têm o sentido do sonar apurado. Tartarugas sentem o campo magnético da terra. E por que nós, humanos, temos somente cinco sentidos? Que outros sentidos humanos estariam adormecidos em nós, ou que poderiam simplesmente ser aprendidos?

O cientista Peter König, da Universidade de Osnabrück, na Alemanha, desenvolveu um cinto que estimula o “sentido cardeal”. Ele é usado como qualquer outro cinto, embora seja largo e cheio de fios, possui 13 pequenos vibradores elétricos e um sensor que detecta o campo magnético da Terra. O vibrador que aponta para o norte não vibra. Udo Wätcher usou o cinto durante seis semanas. No começo achou muito estranho, mas em pouco tempo já tinha criado um mapa mental da cidade, dos lugares que freqüentava, e sempre sabia encontrar um caminho para sua casa. Mesmo retirando o cinto para dormir, Wätcher sonhava com os pontos vibrando em sua cintura. Senso de direção não é um sentido inato para os humanos, mas para König ele pode ser aprendido. Depois de retirar o cinto, Wätcher disse que se sentiu perdido. Em alguns momentos ele sentia até uma vibração fantasma. Seu cérebro havia sido remapeado na expectativa daquele input.

ver-com-a-boca.jpg

Numa outra tentativa de criar extra-sentidos para a humanidade, uma equipe de cientistas da Universidade de Wisconsin, inspirada nos estudos iniciados por Paul Bach-y-Rita, nos anos 80, criou um sensor com 144 minúsculos eletrodos que recebiam informações via pulsos elétricos e ficava localizado na boca. Este estudo foi realizado entre pessoas que tiveram problemas no ouvido, lesando o sentido periférico que temos nessa região – que é considerado nosso “quinto e meio” sentido. Os eletrodos desenhavam um quadrado na língua. Inicialmente, indicavam a direção – movendo-se para a direita ou para a esquerda, o quadrado movia-se para aquela direção. Posteriormente, para incrementar a experiência, eles passaram a transmitir mais informações para o sensor. Usando óculos com uma câmera instalada na haste, era possível caminhar em qualquer ambiente, com os olhos fechados, sem esbarrar em qualquer móvel ou parede. O desenho do ambiente era captado pela câmera e transferido para a língua. Quem testou achou desconfortável no começo, mas experimentou o esforço do cérebro em reconhecer o ambiente e criar um largo campo de visão. Como se fosse um radar.

Essas histórias e outras podem ser lidas na matéria Mixed Fellings, da Wired Magazine. Depois de vivenciar algumas pesquisas, o autor da matéria, Sunny Bains, concluiu que todo novo sentido experimentado hoje provém dos aparatos tecnológicos criados pela ciência e que os cientistas só matarão a charada dos extra-sentidos quando descobrirem como o cérebro processa a informação, mesmo que ela venha de “tipos diferentes de olhos”.

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Este eletrodo realizou uma operação ilegal e será fechado


Segundo informações da Magnet, a Microsoft registrou a patente de um leitor cerebral que deverá ser usado para melhorar a interface de seus produtos com os usuários. Através de eletrodos aplicados em pacientes, a leitura dos eletroencefalogramas poderá permitir, em tempo real, a análise dos modos de interação entre as pessoas e os computadores, ao coletar informações relevantes a serem usadas para aprimorar o design e a usabilidade dos produtos.

A companhia afirmou que o recurso permite uma avaliação alternativa aos métodos verbais tradicionais de autodescrição das interações homem-máquina, uma vez que "seres humanos são comumente fracos relatores de suas próprias ações".

É possível antever que o acesso de uma empresa às reações bioelétricas do cérebro dos consumidores frente a estímulos alarga a discussão ética sobre a privacidade dos cidadãos, a coleta de informações e características pessoais e possa ter outros usos mercadológicos, como no neuromarketing.

sábado, 13 de outubro de 2007

Se meu hardware falasse...



As neotecnologias vêm promovendo novas formas de contato entre corpos e destes consigo mesmos, materializando desejos e (re)configurando todo um imaginário a respeito do hedonismo que abunda na contemporaneidade.

Um exemplo satírico disso é este gadget (em versão para CPU e USB), periférico que promete novas experiências sensoriais, potencializando a noção de meios como extensões do homem (ou da mulher, dependendo da orientação sexual envolvida).

Chupado (sem trocadalhos) de TecnoTrash.